
A capoeira no Brasil
Símbolo de combate e resistência, a capoeira faz parte da identidade cultural brasileira, sendo reconhecida mundialmente como prática que une o esporte e a arte.
A capoeira foi desenvolvida pelos escravos do Brasil como forma de resistir aos seus opressores, praticar em segredo a sua arte, transmitir a sua cultura e melhorar o seu moral.
Há registros da prática da capoeira nos séculos XVIII e XIX nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro, e Recife, porém durante anos a capoeira foi considerada subversiva, sua prática era proibida e duramente reprimida.
Atualmente, a capoeira conquistou o mundo e é praticada em dezenas de países.
No Brasil, a Roda de Capoeira foi reconhecida pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro em julho de 2008 - conquista essa que reflete mais de oito décadas de combate contra o preconceito à prática.
O Grupo Baraúna
Criado por Carlos Alberto Rosa, o Mestre Rosa, o Grupo Baraúna segue a filosofia de uma capoeira competitiva, pronta para a luta, mas que valoriza sua origem, com uma capoeira limpa e honesta.
O Grupo Baraúna acredita na modernização, sem deixar de lado sua história e sempre respeitando a tradição da capoeira e dos velhos mestres.
O sistema de graduação se baseia naquele que teve origem na senzala, carregando a simbologia da corrente, da corda e do lenço.
As três primeiras cordas - cinza, cinza ponta bege e cinza ponta vermelha - representam a cor da “corrente” como escravo. Já a cor bege, que representa os “quilombolas”, possui duas fases: a bege e a bege ponta vermelha.
A cor vermelha, graduação máxima para os alunos, é a sexta graduação e simboliza os a “libertação do negro”, algo conquistado com suor e “sangue”.
A sétima graduação, corda vermelha com a ponta branca, representa o “estagiário”. A oitava graduação, do “formado”, tem a corda metade cinza representando o início com a cor da corrente e o outro lado vermelho representando a libertação do negro.
Na sequência, a graduação de “Professor” tem metade da corda vermelha e a outra metade branca. E por fim a corda toda branca é a de “Mestre”.













